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Polícia Civil investiga esquema de lavagem de dinheiro em casa lotérica do Agreste

Na última quinta-feira (18), 42 mandatos de busca e apreensão foram executados, estando, entre os acusados, um vereador da cidade de João Alfredo

Operação Bilhete Premiado da PCPE ocorreu na manhã da última quinta-feira (18) - Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco


A Polícia Civil de Pernambuco, na manhã da última quinta-feira (18) cumpriu 42 mandados de busca e apreensão oriundos da operação “Bilhete Premiado”, que tem como principal objetivo o combate ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. O alvo das investigações foi uma casa lotérica na cidade de João Alfredo, que pertencia a esposa de um vereador local.


“Havia um fluxo anormal financeiro, que destoava do normal de atividades de uma lotérica. Ainda estamos tentando entender o esquema, mas notamos que um padrão que era usado para lavagem de dinheiro”, declarou o delegado Rodolfo Cartaxo .


Além do vereador e sua esposa, a organização era formada por outros 40 indivíduos que atuavam no agreste de Pernambuco, especificamente nas cidades de: João Alfredo, Bom Jardim, Limoeiro, Surubim, Petrolina, Jaboatão, Paulista, Paudalho e Machados. Entre os indivíduos investigados haviam vários empresários que atuavam no ramo de locação de veículos, lojas de autopeças, empresas de reboque e advocacia, além de servidores públicos.


Nos mandados, foram apreendidos carros de luxo, motocicletas, armas de fogo e aproximadamente R$ 325 mil reais em espécie. Após a detecção destas irregularidades, foram emitidos pedidos de busca e apreensão, bloqueio de ativos financeiros e sequestro de bens, móveis e imóveis. Na residência do principal investigado, foram encontrados cheques que o valor , quando somados, fica no entorno de R$ 1 milhão.


“Ele já responde a diversos processos criminais por tráfico de drogas, roubo, furto e receptação de veículos, além de ser alvo de outras operações de repressão qualificada. Em virtude desse passado criminoso, ele acumulou um patrimônio significativo e precisava de laranjas (intermediários) para a lavagem desse dinheiro”, comentou o delegado.


Após ser solicitado a quebra do sigilo bancário e fiscal dos envolvidos, foi notado um volume considerável de movimentações: cerca de 70 mil transações bancárias, que somam cerca de R$ 365 milhões, apenas no crédito, e alcançam aproximadamente R$ 800 milhões junto às de débito.

Além de três indivíduos flagrados com o porte ilegal de armas, não foram efetuadas outras prisões. “ Nós fizemos representações de prisão, porém foram indeferidos pelo judiciário. Agora iniciaremos uma segunda fase da investigação para formar maiores indícios, na esperança que futuramente o principal acusado seja preso”, finalizou Rodolfo.



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