EUA pedem extradição de dirigentes da Fifa detidos na Suíça
A Suíça anunciou nesta quinta-feira que recebeu o pedido de extradição dos Estados Unidos para sete dirigentes da Fifa, incluindo o ex-presidente da CBF José Maria Marin, e de organizações vinculadas à entidade detidos em 27 de maio em Zurique, acusados de corrupção.
"Em 1º de julho, a embaixada dos Estados Unidos em Berna transmitiu à Suíça o pedido de extradição formal, dentro dos prazos previstos pelo tratado de extradição entre os dois países", afirma um comunicado do Escritório Federal da Justiça (OFJ) em um comunicado.
A justiça dos Estados Unidos tinha prazo até 3 de julho para apresentar as demandas formais de extradição ou para solicitar um adiamento.
Sete pessoas, atuais ou ex-dirigentes da Fifa, foram detidas em Zurique em 27 de maio acusadas de corrupção e lavagem de dinheiro pela justiça americana, uma operação que aconteceu na véspera do congresso da entidade.
No dia 20 de maio, um tribunal de Nova York emitiu a ordem por acusações de que os dirigentes teriam recebido subornos que superaram 100 milhões de dólares, explicou o OFJ.
A justiça federal de Nova York indica que os acusados supostamente receberam dinheiro de representantes de entidades esportivas e de empresas envolvidas com os direitos de transmissão, comercialização e patrocínio de torneios de futebol nos Estados Unidos e na América Latina.
Segundo a justiça americana, os atos de corrupção foram concebidos em seu país e aconteceram por meio de transferências financeiras tramitadas por bancos americanos, destacou o OFJ.
Os sete dirigentes detidos serão ouvidos pela polícia cantonal a respeito da extradição. Depois eles terão 14 dias para tomar uma decisão, mas o prazo pode ser prorrogado por mais 14 dias, com bases jurídicas justificadas.
Em seguida, a justiça de Berna decidirá "nas semanas seguintes, com base nos pedidos de extradição, nas audiências com os detidos e seus depoimentos, se devem ser extraditados".
As decisões de extradição do OFJ podem ser objeto de um recurso em um tribunal penal federal, cuja decisão ainda pode sofrer um apelo em última instância.
Paralelamente, a justiça suíça investiga os processos de escolha da Rússia e do Catar como sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022.